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Monday, March 21, 2016

SUSPEITA DE BOMBA

Com o aumento da criminalidade em nosso país, temos verificado um número crescente de ocorrências envolvendo o emprego de artefatos explosivos em ações criminosas, quer sejam visando dar uma demonstração de força, vingança, atos de terrorismo, arrombamentos e sabotagem, quer seja simplesmente por vandalismo. Dentre as inúmeras atribuições inerentes ao cargo de perito criminal federal, destaca-se aquela relacionada à área de bombas e explosivos, que inclui trabalhos preventivos de varreduras de segurança em instalações prediais e em veículos, visando detectar e eliminar situações que coloquem em risco a segurança de dignitários, autoridades públicas e da população em geral; vistorias em locais sob ameaça de bomba, na adoção de contramedidas, tais como transporte, neutralização ou destruição de artefatos explosivos e/ou incendiários; ou ainda, no trabalho de investigação pós-explosão, quando os peritos realizam um exaustivo e criterioso trabalho em locais sob suspeita da explosão de bombas, visando a elucidação do atentado. O exame, transporte, desativação ou destruição de um objeto suspeito de tratar-se de um artefato explosivo são operações altamente técnicas e perigosas e que requerem constante treinamento e atualização para o bom desempenho de suas funções. Quando nos depararmos com um dispositivo explosivo improvisado, aparentemente simples ou de pequenas dimensões, não devemos subestimá-lo, pois alguns já vitimaram experientes técnicos em bombas pelo mundo afora. Assim, devemos nos preparar sempre para uma possível explosão nesse tipo de trabalho. Existe uma forte tentação, que é própria do ser humano, de tocar, manusear, ou mesmo de tentar neutralizar o artefato, desmontando-o. Em caso de êxito, o perito se sentiria um herói, mas caso contrário, seria computado como mais uma vítima. Nos nossos cursos de formação ou de atualização nessa complicada área, alertamos no sentido de que, em situações envolvendo ameaça de bomba, devemos seguir as seguintes orientações básicas: z proceder a uma evacuação e isolamento da área, estabelecendo um local onde todos possam estar em segurança; z efetuar busca minuciosa com o auxílio de alguém que conheça o local; z caso algo anormal seja encontrado, procurar saber a quem pertence, em que circunstâncias o objeto foi deixado no local etc; z não tocar ou remover o material suspeito em uma primeira aproximação e, muito menos, manuseá-lo; z abrir portas e janelas, com exame prévio, para facilitar o escape das ondas de choque no caso de uma explosão; z utilizar sempre o menor número de pessoas no trabalho de aproximação, remoção, transporte ou desativação de um objeto suspeito; z sempre que possível, utilizar técnicas remotas como o uso de cordas e ganchos, aparelhos de raios-X, canhão d'água disruptor etc, evitando, assim, a técnica de entrada manual; z permanecer o mínimo de tempo possível junto ao objeto suspeito; z após a aplicação de uma técnica ativa, visando a desativação do possível artefato explosivo, aguardar um período para então iniciar uma nova aproximação. Seguindo estes conceitos básicos, acreditamos estar aptos para atender a ocorrências desta natureza, lembrando que, quanto mais realizarmos treinamentos e adquirirmos conhecimentos nessa área, maior será a nossa segurança e tranqüilidade para enfrentarmos situa- ções reais futuras.

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